Notas sobre a actividade do MPLA em Brazzaville

Cota
0097.000.042
Tipologia
Relatório
Impressão
Dactilografado
Suporte
Papel Comum
Autor
MPLA - Movimento Popular de Libertação de Angola
Data
Idioma
Conservação
Bom
Imagens
5
Brazzaville, 31 de Outubro de 1967
Notas sobre a actividade do MPLA em Brazzaville

O avanço da data da partida do Vice-Presidente para Moscovo, onde representará o MPLA nas celebrações do Cinquentenário da Revolução de Outubro não permitiu fazer um relatório extenso sobre os problemas deste sector de actividades.

Essa a razão porque se esboçam a seguir algumas notas que servirão de apontamento para um relatório a elaborar mais tarde, no caso de ser oportuno.

SITUAÇÃO EM CABINDA - Se é certo que a actividade dos nossos destacamentos sofreu de há uns tempos para cá um recuo sensível pelas razões já conhecidas acrescidas de uma ausência quase total de elementos da região nos destacamentos não é menos certo que os nossos guerrilheiros animados por alguns membros do Comando se têm esforçado por voltar a dar um impulso às acções de guerrilha. Parece de concluir que a concentração do efectivo numa determinada zona de restringe a possibilidade de agir, na medida em que o inimigo optando pela táctica de não sair dos quartéis não oferece o flanco às nossas forças que se consomem em longas esperas e em planos que raramente podem ser concretizados.
Há no entanto a assinalar alguns êxitos, nos dias 18 e 19 do corrente foi possível interceptar dois grupos dois grupos de tugas que provocaram o caminho dos nossos postos, resultado para eles, segundo os comandos, 14 mortos e alguns feridos.
Ainda em relação com Cabinda houve a assinalar um acto de indisciplina de 18 guerrilheiros que abandonaram o seu posto, com o pretexto de que não queriam mais combater em cabinda. A maioria desses guerrilheiros é de Nambuangongo e Dembos. A Direcção constatou após um paciente inquérito que certos “desordeiros habituais” estavam na base desse procedimento. As incidências que se fizeram sentir obrigaram a Direcção a ser prudente na solução do problema. Foi possível convencer 5 dos indisciplinados a retomarem o seu posto. Três deles, os que possuíam cadastro, foram expulsos da organização, e os outros condenados a seis meses de prisão com serviços auxiliares.
Outro aspecto delicado é o problema dos responsáveis da luta armada. Não é de estranhar que a Comissão militar regional não tem funcionado normalmente, por se encontrar amputada desde fevereiro. Além disso o camarada Comandante da região tem manifestado não se sentir apto a desempenhar a dupla função de membro da Comissão Directiva e do Comando da Região, solicitando que o seu problema seja revisto. Diz também sentir-se doente e necessitar de um tratamento. O Cam. das operações, atingido com quatro outros camaradas, um dos quais, o camarada Maria perdeu a vida, pela explosão da uma mina, não está em condições de voltar ao terreno de batalha nos próximos meses, sendo ainda incerto se perdeu ou não uma vista. A pouca habilidade do camarada Baubau em lidar com os guerrilheiros acrescida à falta de entusiasmo com que se encontra, é mais um factor de inquietação pela eficácia da Zona de combate.
Neste momento há necessidade de se partir do princípio que a luta em Cabinda tem que se fazer sem a participação do povo da região e contra alguns elementos desse povo que se puseram à disposição do inimigo nos chamados exércitos do Tati. Esta verdade obriga à adopção de uma estratégia adequada que deve ser adoptada e posta em prática pelos organismos competentes, quando eles funcionarem. A direcção está no entanto a envidar esforços no sentido de dinamizar um pouco as acções. E isso porque pensa-se que as acções poderão constituir o facto político que mobilizara novamente os jovens que na sua maioria abandonaram as armas ou que negaram nelas para combater ao lado do inimigo.
Há tentativas positivas quer no seio dos velhos de Dolisie, quer nos que se encontram em Ponta Negra; esses velhos estariam desiludidos quer pelas promessas do Tati, quer pela inacção do Nzita e do seu CRC. Mas a verdade é que o problema crucial é o da mobilização da Juventude de Cabinda, única que pode pelas armas combater o inimigo. Essa a tarefa a realizar de novo.
Restabeleceu-se a escola em Banga, a pedido do Povo.
Dentro do espírito de preparar o auto abastecimento têm-se tomado medidas de acelerar a produção em numerosos sectores. Os resultados que ainda não são os melhores, são já encorajadores. Em Kalunga nomeadamente já se pôs o tractor a funcionar, tendo lavrado uma área experimental, para depois lavrar maiores sectores de terreno.
Tem havido alguns incidentes com maquisards nossos que têm provocado reacções aborrecidas das autoridades, nomeadamente de Nvouti e do Comissário do governo de Ponta Negra. Trata-se em particular da explosão de uma granada que teria sido abandonada por um guerrilheiro nosso, perto de uma aldeia, e que algumas crianças manipularam, provocando a morte de uma delas e dois feridos. A gendarmeria do Nvouti está a concluir o inquérito, devendo o MPLA ser mais tarde chamado aos tribunais.
Também certos distúrbios provocados por militantes nossos que vieram participar numa descarga em Ponta Negra têm sido motivo de especulação para aquelas das autoridades que não simpatizam connosco.
Ainda sobre Cabinda receia-se que a actual exploração de petróleo suscita uma nova debandada de “refugiados” na mira de altos empregos. Há também indícios inquietantes de que os americanos estão interessados em explorar um jazigo de potassa que fica nas proximidades de CAIO. Claro que o inimigo sente que proporcionando algumas facilidades aos imperialistas no domínio da exploração dessas riquezas, levá-los-á a dificultarem a dificultarem a acção do MPLA. As implicações deste problema, em que a França se encontra ser um partenaire concorrente, pois é quem explora os jazigos de potassa na região de Ponta Negra, deverá ser objecto de um cuidadoso estudo pela Direcção do MPLA. De notar que certos meios já nos acusam de estarmos em conluio com os Estados Unidos, por termos diminuído a nossa acção em Cabinda a troco de promessas desses meios financeiros…
Claro que isto não é importante como boato, mas o facto de estarem a preparar-se grandes explorações em Cabinda é que é importante;

ARMAMENTO E EQUIPAMENTO - Foi recentemente recebida uma boa carga de armamento diverso nomeadamente carabinas e metralhadoras ligeiras de marca STEYER (bastante antigas) mas em número abundante. Ainda se tentou fazer seguir metade para a 3ª região, mas não foi possível. Veio do país onde esta o Lamentações. São duas centenas de toneladas que criou um problema de locais. Está-se a proceder a construções provisórias, por falta de meios para outro tipo de construções, mas mesmo assim terá de haver despesas enormes com a cobertura.
Da terra onde veio o Kavunga também continua a chegar equipamento, sendo o último coisas de imprensa, mapas e alumínios. Entretanto outras mercadorias continuam cativas aqui na MORY, por falta de meios para pagamento.
Depois de entregue o fardamento aos hermanos e reservado algum para o Ferraz Bbko, podemos dizer que já não há nenhuma reserva de fardamento.
CENTRO ANGOLANO DE FORMAÇÃO ACELERADA - Tentou-se adiar durante algum tempo a criação deste centro que seria a concentração do projecto que se tinha decidido acerca do ensino secundário. A verdade é que esse adiamento que visava uma troca de impressões com o camarada Presidente, para se ver da sua aplicação nas outras regiões, prejudicou a apresentação do problema a algumas instituições que puderam auxiliar-nos materialmente a concretizar esta ideia. Como é necessário começar foi decidido levar por diante a ideia do ensino secundário. Provisoriamente funcionará com dois professores, um dos quais fará parte da direcção do Centro, que engloba o ensino primário e o ensino secundário. Tem-se esperança de conseguir que certas organizações amigas possam fornecer-nos material de construção ou casas desmontáveis, tais as que a US ofereceu aos pioneiros do Congo, que nos facilitariam grandemente. De qualquer maneira os nossos pioneiros têm sido exemplares, pois eles próprios constroem as suas aulas de pau a pique. O internato esta com cerca de 100 alunos. Estão também a proceder a culturas para tentar dentro de algum tempo suprir certas faltas alimentares.
Estão-se a continuar as démarches no sentido de obter das instituições especializadas da ONU algum apoio, na base de que se trata de uma instituição para refugiados.

REUNIÃO DE KINSHASA - Seguem alguns elementos complementares sobre as notas enviadas há algum tempo. De acordo não se pode ainda dizer nada, embora os nossos “amigos” teimem em dizer que a reunião nos foi favorável, apesar da nossa ausência.
Um exame atento não nos permite ser tão optimistas. De resto uma informação recente do c/Paulo Jorge acerca duma troca de impressões oficial com o Diallo Telli mostra bem que ideia tem o Sec. Geral da OUA do problema angolano. Segundo o que diz Paulo Jorge, o D.T. diz que o “MPA é o movimento que mais dificuldades tem criado à OUA em função das atitudes que tem tomado e dos erros cometidos, salientando o caso da FNLA; que havia estado com o c/Azevedo e discutido o problema do MPLA com Bomboko que estava disposto a acordar facilidades e que mesmo assim o MPLA preferiu não estar presente em Kinsh.; que a Comissão militar dos 4 havia apresentado um rapport bastante desfavorável ao movimento na medida em que essa Comissão chegara à conclusão de que não tínhamos nenhuma frente, mas que apesar de tudo o MPLA gozava de bastante simpatia de um certo número de países africanos, terminando por exprimir as suas saudações ao c/Presidente”. (Transcreveu-se a carta do c/ Paulo Jorge, para se mostrar até que ponto o DT é tendencioso nas suas apreciações do MPLA. Com efeito o rapport da Comissão militar não sendo favorável ao MPLA, também não é desfavorável e não conclui que não temos nenhuma frente…).
De qualquer maneira há duas resoluções dessa reunião que nos tocam de perto e em breve deverão começar a fazer-se movimentações relacionadas com tais resoluções. Parece-nos que não é de mudar a nossa atitude no que é fundamental e em particular em relação à liberdade de trânsito e ao pedido de revisão do “grae”.
Esta revisão parece ser de resto um ponto importante para a suite da nossa actuação em relação a Kinshasa, na medida em que se algum país se decidisse a por em causa esse reconhecimento enfraqueceria a “firmeza” de Bomboko e Mobutu em relação ao Holden. E nesse sentido que sugerimos que em toda a parte onde há representantes do MPLA, se tente realizar uma reunião conjunta com representantes do país em questão e dos diplomatas africanos amigos no sentido de esclarecer a nossa posição e de os levar a insistir junto dos seus governos para que tomem uma atitude.
Parece-nos que o MALI, a RAU e a Argélia devidamente trabalhados podiam chegar a uma posição de ao menos emitirem reservas publicas em relação ao “grae”. Seria um primeiro passo. Não podemos esquecer que a revisão é qualquer coisa que anda no ar, mas que ainda ninguém teve a coragem de agarrar, sendo nosso dever insistir na questão.
O problema do DESTACAMENTO FERRAZ BOMBOKO já esta sobejamente conhecido internacionalmente. O conhecido espião que é o DAVID GRENFELL já se encarregou de fazer um longo rapport acerca do assunto que já vem publicado no boletim do ANGOLA COMITE da Holanda… A verdade é que não temos quaisquer ilusões sobre uma autorização da passagem na base da platónica certa do Comité de libertação a ao governo congolês. Enquanto outros métodos devem começar a ser estudados, há que fazer pressões sobre o Mobutu há que fazer pressões de todos os tipos sobre a camarilha do Mobutu.

SAVIMBI- Um telegrama do c/ Barros do Cairo, de 29 de out. comunica “SAVIMBI RETOUR ZAMBIA DEBUT NOVEMBRE STOP VISA ACCORDE AMBASSADE CAIRE SALUTATIONS”;
Este telegrama vai ser comunicado aos camaradas da 3ª R.

Caso ZIZI- Depois de devidamente analisado, foi decidido retirar todas as responsabilidades directivas à ZIZI e suspendê-la por 12 meses.
Caso Baya- O caso deste camarada foi analisado na base das informações chegadas até Brazzaville quer antes quer depois de aberto o inquérito. O seu caso foi objecto do estudo de uma reunião em que estavam presentes o Vice-Pres., c/ Roque c/ Azevedo, Kavunga, Papa, Lara, Quarta, Mingas. Ficou decidido em que função do pedido que o camarada tinha feito de uma bolsa de estudo e da ligeireza revelada e admitida pelo camarada durante a sua ausência, levá-lo à reconhecer os seus erros e dar-lhe funções na 2ª Região, em colaboração com a Comissão Directiva. Não se provou que os seus contactos com Savimbi tivessem outro objectivo que não fosse o acaso, nem se provou que o camarada tivesse ido a embaixadas fazer corredores contra a Direcção e em especial contra o Presidente. O Cam.pretendeu no entanto justificar alguns erros com aquilo que considera ser uma certa indiferença do Presidente em relação à sua pessoa, a quando da passagem no Cairo e com informações que lhe teriam constado de que a Direcção pretenda cansá-lo com o silêncio de maneira a levá-lo a demitir-se. Este facto estaria na origem do seu pedido de bolsa de estudos.
Só no dia 7 chegou uma carta para co/ Azevedo que continha o relatório da reunião da direcção da 3ª região com uma resolução acerca deste acaso, que já não podia ser considerada pelo facto de já ter sido comunicado ao cam. a decisão tomada. A direcção considera no entanto que se os camaradas da 3ª Região possuem factos novos, que não estejam na posse dos camaradas que aqui estudaram a questão esses factos deverão ser apresentados para uma possível revisão do processo.
Uma cópia do processo será oportunamente à terceira região.

RELATÓRIO DA TERCEIRA REGIÃO sobre a reunião de fins de Junho: Numa reunião havida em Dolisie de 11 a 16 de out. em que tomaram parte os cams. V.Presidente, Azevedo, Roque, Lara e Kavunga foi lido o documento contendo as conclusões da dita reunião. da 3ª Região. Todos se congratularam com o avanço da luta, mercê do espírito de decisão que anima os camaradas responsáveis e os guerrilheiros da região. Foram particularmente apreciadas as decisões concernentes à instalação do poder nas zonas libertadas. Aguarda-se por um melhor esclarecimento acerca de algumas instituições novas, nomeadamente no que diz respeito às lojas do povo e a eventuais “contratos comerciais com países independentes” referidos numa entrevista de um correspondente da TASS com o camarada Presidente. Questões desta importância não devem ser objecto de um relato sucinto, mas sim de um esclarecimento tão completo quanto possível que permitem aos membros da direcção, onde quer que eles se encontrem, de responderem às perguntas indiscretas que sobre isso lhes fazem.
Outros aspectos do relato da referida reunião merecerão um comentário e uma análise mais profunda, a fazer noutra ocasião e se possível na presença do cam. coordenador geral, que poderá explicar melhor o sentido de alguns pontos. Entretanto na reunião de Dolisie houve unanimidade em registar a “boutade” dos camaradas que afirmam de um modo leviano que os “camaradas de Brazzaville” adoptam uma “atitude pouco clara e pouco firme” em relação ao imperialismo. Decidiu-se dizer aos camaradas que foram longe de mais e “exigir-lhes que na sua próxima reunião revejam este ponto e emendem o erro grave que cometeram com as suas insinuações” que são insultuosas e que só podem ser explicadas por um julgamento apressado de um problema que seis camaradas em Brazzaville e não “de Brazzaville” decidiram em face de uma situação concreta e depois de longos dias de intransigência que fizeram inclusivamente adiar os trabalhos do Comité dos 24. Acresce que TODOS os nossos amigos aqui, desde os países africanos aos socialistas, e o Congo B nos felicitaram pela nossa ida, que do ponto de vista táctico também nos serviu. Este caso já foi de resto sobejamente explicado, quer por uma carta que o camarada Azevedo enviou directamente por um delegado amigo do Comité dos 24 que por um ou dois dos relatórios que aqui se fizeram para a terceira região e que esperamos tenha sido recebido. Pensamos que os camaradas tinham todo o direito de manifestar o seu desconforto com tal participação, mas não tinham o direito de emitir um juízo tão insultuoso quanto leviano, antes de obterem todas as explicações que tinham o direito de exigir. Aguardamos que de futuro essa ligeireza não ofusque reuniões que como essa tiveram de se debruçar sobre assuntos tão sérios.
I Região - O relatório dos camaradas afectados à I Região relata minuciosamente algumas das notícias mais importantes. Apenas um esclarecimento suplementar. Uma informação do interior admite a hipótese de o António Fernandes ter sido feito prisioneiro pelos nossos, enquanto a maioria de outras informações o dá como morto.

FINANÇAS - Quase seria desnecessário renovar aqui informação do estado caótico em que nos encontramos sob este ponto de vista, em virtude sobretudo dos inúmeros fretes a pagar pelos dons. Cremos que seria uma démarche importante a efectuar pelo Presidente junto dos países que nos enviam dons, que o seu transporte fosse pago pelo menos até Dolisie, como o fizeram os amigos onde esta o Lamentações.
Quer dizer que se os dons incluíssem o pagamento dos fretes e do despacho portuário, nós teríamos melhores possibilidades de nos equilibrarmos. Assim teremos que andar sempre a nadar em dívidas que desacreditam o Movimento e que nos impedem uma certa liberdade de movimentos militares.
De realçar que os bilhetes verdes anunciados de Dares não nos chegaram até hoje e um telegrama do Spencer, parece dar a entender (não está claro) que esse envio foi suspenso. Isso seria lamentável, pois depois do telegrama o Vice-Presidente pediu alguns empréstimos importantes nessa base, na convicção de que os iria repor brevemente.
URGENTE- Grassa em Brazzaville uma epidemia de poliomielite. Pede-se que na volta do camarada Presidente e Vice-presidente se tragam vacinas anti pólio para umas 300 pessoas. Receamos sobretudo o internato…
Novos pedidos- Pretendíamos fazer uma lista de novos pedidos, mas ignorando o que esta nos portos é difícil, sobretudo porque a maior parte dos pedidos eram para a imprimerie. No entanto eis alguns deles:

MUITO URGENTE- PNEUS PARA CAMIÃO GÁS (estamos descalços).; piéces de rechange para jeep GAZ desde juntas até faróis, incluindo disjuntores e todo o material eléctrico.; géneros alimentícios, e em particular farinha, ervilha arroz açúcar e sabão, bem como leite e conservas; casas desmontáveis, em forma de meio cilindro, como foram oferecidas aos pioneiros do Congo; gravadores eléctricos e portáteis; dois rádios grandes para escuta das emissões estrangeiras; 1 emissor potente(o Iko teria pedido um e ter-lhe -iam respondido que era preciso que a luta avançasse mais… como a do PAIGC…); sapatos; tecido ganga e Kaki, material escolar, segundo a lista que foi entregue à embaixada; baterias para os rádios de campanha (os últimos), Bandas de gravação para radiodifusão, filmes;
Se houver outros pedidos seguirão em lista separada.

IMPORTANTE - A Embaixada de Cuba comunica que o representante do PAIGC-CONCP em Habana deixou de exercer as suas funções e que cabe agora ao MPLA(?) nomear um representante. Dizem que este assunto é urgente e pedem que tomemos uma decisão a este respeito. Entregamos o caso ao c/ Presidente na sua qualidade de responsável dos exteriores;.
Eis algumas das informações que nos ocorrem nas condições de urgência em que redigimos estas notas.

*[Manuscrito por Lúcio Lara: P.S. – Só hoje, 31/X/67; nos chegaram duas inscrições para o curso de jornalistas na Checoslováquia, curso que começou a 15/X. A coisa veio da 3ª Região. Não sabemos se haverá tempo de responder.]

Relatório sobre a actividade do MPLA em Brazzaville, de Lúcio Lara.

A publicação, total ou parcial, deste documento exige prévia autorização da entidade detentora.

Nomes referenciados