Agostinho Neto

Nome completo
António Agostinho Neto
Nome de guerra / Pseudónimo
Kilamba
Manguxi
Sexo
Masculino
Local de nascimento
Kaxicane (Icolo e Bengo)
Data de nascimento
Data da morte

Nacionalista, poeta, líder político, preso várias vezes até evadir-se de Portugal, tornou-se presidente do MPLA e proclamou, em 11 de Novembro de 1975, a independência de Angola.  

Nascido no seio de uma família da Igreja Metodista, fez os estudos primários e secundários em Kaxicane e Luanda, concluindo o Liceu em 1944. De 1947 a 1959 esteve em Portugal onde terminou a licenciatura em Medicina mas também se envolveu na política anti-salazarista e anticolonial. Foi detido em 1952 e de 1955 a 1957, quando pertencia ao Movimento de Unidade Democrática (MUD-Juvenil). Foi co-fundador do Centro de Estudos Africanos, do Clube Marítimo Africano e do Movimento Anti-Colonial (MAC). Casou com Maria Eugénia Neto, com quem teria três filhos, e regressou a Angola em 1959. Detido em 1960, quando organizava a primeira direcção do MPLA em Luanda, foi enviado para Portugal, desterrado para Cabo Verde, novamente enviado para Portugal sob prisão e, depois, com residência fixa. Em 1962, com o apoio do Partido Comunista Português, fugiu para Marrocos e juntou-se à direcção do MPLA no então Congo-Léopoldville, sendo eleito Presidente na Conferência Nacional, em Dezembro. Durante os 13 anos da luta armada, que alastrou do norte ao leste do território angolano, Neto dirigiu a luta política, diplomática e militar desse Movimento. Em 1974, após a queda do fascismo em Portugal e um fracassado "Congresso de Lusaka" com as duas dissidências surgidas no MPLA, foi reconduzido a Presidente em Setembro, durante a Conferência Inter-Regional de Militantes (no Lundoji, Moxico). Reconhecido o direito à independência e acordado o cessar-fogo com Portugal em Outubro, o MPLA assinou em Janeiro de 1975 o "Acordo de Alvor" com Portugal, a FNLA e a UNITA. A 4 de Fevereiro Neto foi apoteoticamente recebido em Luanda e a 11 de Novembro, já em situação de guerra, proclamou a Independência de Angola, tornando-se o seu 1º Presidente. Foi Chefe de Estado, durante cerca de quatro anos, da nova República Popular de regime monopartidário, enfrentando agressões externas e conflitos internos. Faleceu em Moscovo (ex-URSS), por doença, em Setembro de 1979.

Documentos referenciados

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Homenagem a Agostinho Neto

Cota
0223.001.004
Data
Impressão
Policopiado
Fundo
Arquivo Lúcio Lara
“Homenagem ao Camarada Agostinho Neto, Poeta Revolucionário, pela sua obra literária”, da Biblioteca Nzinga Mbande.

Comunicado do MPLA

Cota
0579.002.029
Tipologia
Recorte
Data
Fundo
Arquivo Lúcio Lara
Comunicado do bureau político do MPLA.

Comunicado do MPLA

Cota
0579.002.030
Tipologia
Recorte
Data
Fundo
Arquivo Lúcio Lara
Comunicado do «bureau» político do MPLA

Homenagem a Agostinho Neto

Cota
0579.001.044
Tipologia
Recorte
Data
Fundo
Arquivo Lúcio Lara
Homenagem do povo ao poeta nacional Agostinho Neto.

MPLA nos Camarões

Cota
0579.001.045
Tipologia
Recorte
Data
Fundo
Arquivo Lúcio Lara
Delegação do MPLA no Camarão (Yaundé).

Radiograma de Agostinho Neto a Lúcio Lara

Cota
0223.004.006
Tipologia
Correspondência
Data
Impressão
Dactilografado
Fundo
Arquivo Lúcio Lara
Radiograma de Agostinho Neto «Kilamba» (Luanda) a Lúcio Lara “Lara stop 24 camaradas para treino Bissau…”.

Mensagem de Agostinho Neto

Cota
0223.004.009
Tipologia
Declaração
Data
Impressão
Dactilografado (2ª via)
Fundo
Arquivo Lúcio Lara
Mensagem Telex “Pour son excellence Samora Machel président Rep. Pop. du Mozambique…”, de Agostinho Neto.

Comunicado do MPLA

Cota
0579.002.031
Tipologia
Recorte
Data
Fundo
Arquivo Lúcio Lara
Comunicados do bureau político do MPLA.

Radiograma de Agostinho Neto a Lúcio Lara

Cota
0223.004.014
Tipologia
Correspondência
Data
Impressão
Manuscrito
Fundo
Arquivo Lúcio Lara
Radiograma de Agostinho Neto «Kilamba» (Luanda) a Lúcio Lara (Brazzaville) “Tch stop Muito urgente camaradas EMG…”.

Radiograma de Agostinho Neto a Lúcio Lara

Cota
0223.004.015
Tipologia
Correspondência
Data
Impressão
Manuscrito
Fundo
Arquivo Lúcio Lara
Radiograma de Agostinho Neto «Kilamba» (Luanda) a Lúcio Lara (Brazzaville) “Tch stop Morais stop informar se possível…”.