Armando da Conceição
Nasceu em Luanda (Angola) a 22-11-1926, filho de Armando Ferreira da Conceição e de Maria Custódio da Silva.
Funcionário do Consulado português em Léopoldville (actual Kinshasa, RDC) à data da prisão, foi detido pela polícia belga a 3 de Abril de 1969 e dias depois enviado de avião para Luanda, onde a PIDE o esperava. Foi preso no âmbito dos processos judiciais vulgarmente conhecidos como "Processo dos 50", acusado de ser um dos contactos externos do grupo "Espalha-Brasas" e do "Grupo ELA" (activo na clandestinidade desde o início dos anos 50) que em Março tentou enviar-lhe um "Relatório" sobre a situação da opressão colonial em Angola, para ser enviado para o Gana. Mas o portador foi detido pela PIDE no aeroporto de Luanda, o que originou as sucessivas prisões. Foi julgado no Tribunal Militar Territorial de Angola (Processo nº 41/60) e sentenciado (20-12-1960) a 7 anos prisão maior, com suspensão de todos os direitos políticos por 15 anos e medidas de segurança de internamento de 6 meses a 3 anos.
Chegou ao Campo do Tarrafal a 26-02-1962. A 27-04-1967 terminou a pena mas a 28-04-67 entrou no período de medidas de segurança, até 13-07-71, data em que foi posto em liberdade, por decisão do Tribunal da Relação de Lisboa.