José Diogo Ventura
Nasceu em Malanje a 25-10-1929, filho de Diogo José Ventura e de Balbina Manuel de Sousa.
Enfermeiro de 2ª classe dos Serviços de Saúde, foi preso em 1959 na vaga de prisões da PIDE que em Angola deu lugar a três processos judiciais vulgarmente conhecidos como "Processo dos 50". Do chamado "grupo dos enfermeiros", foi acusado de pertencer ao "Grupo ELA", grupo clandestino activo desde o início dos anos 50, com ligações a outros nacionalistas em Angola e no exterior. Em Março tentaram enviar para o Gana um "Relatório" sobre a situação da opressão colonial em Angola, cujo portador foi detido pela PIDE no aeroporto de Luanda, o que originou sucessivas prisões. Foi julgado no Tribunal Militar Territorial de Angola (Processo nº 41/60) e sentenciado (20-12-1960) a 5 anos de prisão maior, com suspensão de todos os direitos políticos por 15 anos e medidas de segurança de internamento de 6 meses a 3 anos.
Chegou ao Campo do Tarrafal a 25-02-1962 e saiu, com liberdade condicional, a 02-02-1969.